A Astrologia Tradicional possui uma abordagem abordagem crua e até mesmo dolorosa. Um planeta em exílio é um problema. Algumas casas zodiacais mostram problemas e dificuldades. Dificilmente um Astrólogo Tradicional vai tentar minimizar um problema.
Já ouvi astrólogos modernos identificarem Saturno como “um poder que você possui mas renega”. Sem dúvida isso é muito mais doce aos ouvidos do consulente do que ouvir que é uma dificuldade que vai demandar tempo e trabalho para desenvolver aquele matiz na sua vida e parar de sofrer as consequências negativas daquela dificuldade.
Uma das primeiras coisas que é perguntada quando se avaliam os aspectos negativos da Carta Natal é “o que eu faço pra resolver isso?”. Óbvio, afinal, diante de um problema a resposta mais saudável é procurar saber como resolvê-lo.
A primeira resposta e que está ao alcance de todos é tomar as medidas comportamentais para minimizar aquele problema. Isso envolve mil práticas a serem avaliadas caso a caso: praticar atividade física, dietas, terapia, leitura, artes, convívio com amigos, etc.
Uma segunda coisa, mais complexa de se fazer com segurança e bons resultados, diz respeito às prática Teúrgicas. Teurgia é a Magia de Contato com a(s) Divindade(s) ou Aspectos da Divindade. Um Júpiter mal posicionado pode se beneficiar de ritos reiterados de adoração e invocação da energia jupiteriana.
A última e uma das menos conhecidas formas de se atenuar dificuldades é a dita Caridade Astrológica, que consiste em doar algo a um representante daquela energia. O exemplo mais clássico é a doação de roupas velhas (bens Saturnianos) a mendigos (representantes de Saturno) no Sábado (dia de Saturno). É uma prática comum porque Saturno é um aspecto que tende a gerar dificuldades .
Pessoalmente, eu acredito que a “Caridade Astrológica” poderia se chamar, tranquilamente, Sacrifício Astrológico: você direciona a energia (sob a forma de bens ou dinheiro) a um representante manifesto da Energia, o que é a essência do sacrifício tirar de onde tem para colocar onde se deseja.
Judeus deixaram de fazer sacrifícios animais para direcionar as doações a entidades filantrópicas há algum tempo e chamam caridade de “Tsedaká”, ou “Justiça Social”.
Os Muçulmanos colocam como um dos mandamentos a doação de esmolas.
Os Católicos doam o Dízimo ao representante da divindade deles, que é, simbolicamente, se colocar como 10% doador e 90% recebedor, o que pode sugerir o exercício da Esfera de Kether.
Sem prejuízo das diversas formas de desenvolver a caridade ou sacrifício, é útil e importante dar um primeiro passo. Eu, pessoalmente, decidi iniciar o apoio à Ong https://www.institutoconstruir.org.br/ , via paypal recorrente todo o mês. É uma forma de doar energia a Saturno.
Caso algum leitor tenha interesse em apoiar, pensem nisso como uma forma de praticar a Justiça, de se colocar no papel de quem possui para doar e, até mesmo, como uma forma de incentivar esse blog. Afinal, a razão dele existir é construir um mundo melhor.
