Equinócio de Outono 2020.

Oficialmente às 00:49:34 o Sol ingressa no signo de Áries, marcando o equinócio de Outono no Hemisfério Sul (e Equinócio de Primavera no Hemisfério Norte).

Tradicionalmente, os momentos de mudança (de ano, de estações e de luas) são utilizados ritualisticamente para duas finalidades. A primeira delas é oracular as perspectivas para o ano e, a segunda, para trabalhos mágicos que tornem mais fácil o período que se inicia.

Imagine que pedem a você para ir a algum lugar realizar uma tarefa. A primeira coisa a fazer é perguntar qual a tarefa, a segunda, se preparar para ela, afinal, você não quer levar um martelo para cortar uma árvore.

Nesse Equinócio, a carta natal levantada (um dos oráculos utilizados) mostra sem a mínima dúvida que o tema do Outono vai ser dado por Saturno, Marte e Júpiter em Capricórnio. Saturno e Marte vêm para sugerir que é um momento de quebras, rompimentos e mortes. Júpiter vem como um benéfico, amenizando a dor e, talvez, prometendo que “é pro seu bem”. Tudo isso na Casa I, sugerindo que o território em que isso vai se dar é o Indivíduo.

Pois é. Bem pesado.

Diante do prognóstico pesado, vem a segunda parte da tarefa: que ferramentas serão úteis para esse Outono de quebras, mortes e destruições?

Para responder essa pergunta a Astrologia Horária (um segundo tipo de oráculo) informa que a energia mais recomendável para lidar com essas mortes é Saturno em Capricórnio.

Saturno é o representante do Tempo, o Senhor da Razão, dos Começos e Encerramentos, além de representar a velhice, a paciência e a morte. Tudo muda porque tudo morre. Sempre a Primavera, nunca as mesmas flores. Sempre o Outono, nunca as mesmas mortes. As coisas dão certo até darem errado e dão errado até darem certo.

Seria hipocrisia falar que as perdas e mortes são agradáveis (não são: amargos são os sabores de Saturno), mas elas são necessárias. A morte do velho é que dá espaço ao novo, mesmo que esse velho moribundo seja muito amado e querido.

Portanto, para o Equinócio de Outono, receba a mudança de braços abertos (ela é bela, mesmo que você não o saiba) e peça a sabedoria para separar o que deve morrer e o que deve viver.

Prepare uma ceia de doce e amargo para celebrar a Vida e a Morte.

Sacrifique algo que não lhe seja mais útil, ainda que importante.

Alimente os ancestrais mortos e a Vida por nascer.

Os que vierem depois de nós viverão o nosso legado e o mundo que nós criamos. Para os ainda não nascidos, nós somos os criadores do mundo. É melhor começarmos a nos comportar como tais.

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