Efeito Estilingue.

O Efeito Estilingue Gravitacional é o nome dado à técnica de engenharia espacial que utiliza o campo gravitacional dos planetas e satélites para corrigir trajetória, ampliar ou reduzir a velocidade de naves, satélites e sondas.

Tal princípio foi utilizado para trazer a Apolo 13 de volta para a Terra usando o campo gravitacional da Lua. Caso fossem tentar trazer a nave “direto” para a Terra, precisariam utilizar o motor principal para desacelerar e depois re-acelerar a nave, arriscando-se esgotar o combustível ou falhas no motor decorrentes do acidente.

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O Modelo Cosmogônico Astrológico é extremamente simples: a terra está no centro do universo, os planetas orbitam a Terra e o véu das estrelas fixas separa o Universo de Deus. As estrelas são furos no firmamento que permitem um vislumbre da Luz Divina, da qual o Sol é mera imitação.

As Almas Humanas seguem um processo alquímico de dissolução e coagulação subindo da Terra ao Sol e descendo do Sol à Terra, até alcançar a maturidade necessária para transcender as sete esferas planetárias, passando pelo Julgamento de Saturno para, então, sair do ciclo de morte e renascimento.

Essa estrutura mitológica sobreviveu, de forma velada e adaptada, em boa parte das mitologias. O Cristianismo claramente fala em “ir para o céu”, coloca São Pedro (que é Pedra, como Saturno) nos portões de pérola do paraíso, com um livro com o registro de todos os atos, falando quem entra e quem sai.

Dessa estrutura cosmogônica vem uma das polêmicas entre a Astrologia Tradicional e a Astrologia Moderna. A Astrologia Moderna avalia os planetas trans-saturnianos (Urano, Netuno e Plutão), sustentando que sua descoberta representa um despertar da Consciência Humana de potencialidades até então desconhecidas.

A Astrologia Tradicional não utiliza os três planetas modernos por reconhecer que o modelo Cosmogônico é de uma coerência interna ímpar: os dias têm 24 horas, as semanas possuem sete dias, o mês quatro semanas e o ano doze meses. Atribui-se a cada hora do dia e a cada dia da semana uma regência planetária e isso permite um ritmo claro, ordenado e sem falhas. Da mesma forma, o mês de quatro semanas e o ano de doze meses se organiza com perfeição notável.

Para incluir três planetas novos na astrologia seria necessário incluir três dias a mais na semana e horas a mais no dia, o que quebraria a correspondência objetiva: as horas, os dias, as semanas e os meses correspondem à órbita da lua ao redor da Terra, não a uma teoria metafísica.

Desse modo, para a Astrologia Tradicional, o que existe “para lá de Saturno” não está acessível aos seres humanos e pode ser ignorado por padrão.

Esse raciocínio, porém, não é isento de falhas.

Primeiramente, a roda zodiacal e as constelações dos signos estão “para lá de Saturno”, o que os tornaria inalcançáveis. Uma das Teorias é a de que os signos são meras marcações espaciais do caminho que os planetas seguem, e que suas qualidades estariam mais relacionadas ao seu posicionamento, o que faz certo sentido.

Isso não explica, porém, o temperamento e qualidades dados às Estrelas Fixas, e nem alguns cálculos de Astrologia Mundana, que utilizam as conjunções de Saturno e Júpiter com Urano e Netuno como marcadores históricos.

Uma outra teoria que explica com mais pertinência como os signos chegam ao plano terrestre é a de que os planetas atuariam como “pontifícies” (aqueles que fazem a ponte) das energias trans-saturnianas. Dessa forma, se as energias dos signos, das estrelas fixas ou dos planetas trans-saturnianos estão fora do alcance humano, com o auxílio dos planetas, seria possível “puxar” isso para a Terra, da mesma forma que o campo gravitacional dos planetas ajuda a puxar ou empurrar outros corpos.

De forma prática, seria possível alcançar energias muito pontuais e específicas de estrelas fixas (O Coração do Leão para glórias militares, O Olho do Touro para honra e inteligência, etc.) por meio dos planetas.

De todos os planetas possíveis para se utilizar como pontifície para as estrelas fixas, a Lua é o mais indicado, não só pelo fato de que ela dá uma volta pela eclíptica uma vez por mês (passeando por diversas constelações com frequência), como também pelo seu temperamento fleumático (receptivo) e seu caráter de doadora do corpo e da substância ao plano terrestre.

A Lua permite que a energia das estrelas seja trazida para a Terra com pouca mudança no seu caráter energético e grande ganho de eficácia.

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